Após vitória da Direita no Chile, América do Sul fica em empate de Direita e Esquerda

Fotos Reprodução extraídas da internet 
 

A eleição de José Antonio Kast como novo presidente do Chile reforçou o equilíbrio ideológico entre governos de direita e de esquerda na América do Sul. Com a vitória do candidato conservador no último domingo (14), a direita passará a comandar, a partir de 2026, seis dos 12 países do continente, igualando-se numericamente aos governos alinhados à esquerda.


Kast foi eleito com mais de 58% dos votos, segundo o Serviço Eleitoral do Chile (Servel), derrotando a candidata de esquerda Jeanette Jara. O resultado ocorre em um momento de rearranjo político regional, marcado por alternâncias frequentes de poder e forte polarização.


O novo cenário se consolida após mudanças recentes em outros países. No Uruguai, por exemplo, a esquerda voltou ao comando com a vitória de Yamandú Orsi, que assumiu a Presidência em março de 2025. Já na Bolívia, a esquerda ficou fora do segundo turno após quase duas décadas no poder, abrindo caminho para a vitória de Rodrigo Paz, de direita, que tomou posse em novembro deste ano.


Historicamente, a América do Sul passou por diferentes ciclos. Após os regimes militares, na segunda metade do século 20, a década de 90 foi marcada por governos mais conservadores. Já no início dos anos 2000, a chamada “onda rosa” levou partidos de esquerda ao poder, impulsionados pela valorização das exportações, especialmente para a China.


Esse cenário começou a mudar após a crise financeira global de 2008, quando a queda no preço das commodities reduziu a capacidade fiscal dos Estados e enfraqueceu projetos progressistas. No entanto, a esquerda volta a ganhar terreno no meio da década seguinte, quando, em 2015, chegou a ter oito dos 12 presidentes dos países sul-americanos.


Três anos depois, em 2018, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro se elegeu no Brasil, a direita teve seu melhor momento dos últimos anos, chegando a ter sete governantes, contra cinco de esquerda. Nos anos seguintes, a situação se inverteu e a esquerda voltou a ter maioria, com sete presidentes contra cinco de direita entre os anos de 2022 e 2024, mas o equilíbrio foi retomado com as vitórias de Paz e Kast.


Confira os governantes da América do Sul a partir de 2026 e suas linhas ideológicas:

– Argentina: Javier Milei (direita);

– Bolívia: Rodrigo Paz (direita);

– Brasil: Luiz Inácio Lula da Silva (esquerda);

– Chile: José Kast (direita);

– Colômbia: Gustavo Petro (esquerda);

– Equador: Daniel Noboa (direita);

– Guiana: Irfaan Ali (esquerda);

– Paraguai: Santiago Peña (direita);

– Peru: José Jeri (direita);

– Suriname: Jennifer Simons (esquerda);

– Uruguai: Yamandú Orsi (esquerda);

– Venezuela: Nicolás Maduro (esquerda).


Fonte: Pleno.News