Quatro meses depois da divulgação do escândalo do INSS, no qual aposentados e pensionistas recebiam descontos irregulares em seus pagamentos, ninguém foi apontado oficialmente como culpado ou indiciado pelos roubos. A Operação Sem Descontos, que apura o crime, ainda está em andamento, mas especialistas acreditam que as investigações estão demorando.
Desde que foi deflagrada, a operação cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no Distrito Federal. Especialistas ouvidos pelo portal R7 admitiram que o caso é complexo e envolve autoridades e agentes políticos.
Outros, ressaltaram que uma das dificuldades para o andamento do processo é a dificuldade de comprovar que as vítimas não consentiram com os descontos aplicados. Mesmo com todas essas camadas, os mesmos especialistas afirmam que “falta vontade política, coragem institucional e agilidade processual”.
– A gente tem operações robustas, como movimentações financeiras que são incompatíveis, contratos com entidades de fachada, conexões políticas, mas sem uma responsabilização direta aos agentes que permitiram, intermediaram ou se beneficiaram disso dentro da máquina pública. Sem nomear e indiciar esses elos, seguimos apenas combatendo os sintomas – declarou a advogada Lisiane Ribeiro ao veículo.
pleno.news / Foto divulgação